Como o uso de novas tecnologias pode assegurar qualidade no processo de produção.
O MES e a indústria 4.0 compartilham o mesmo objetivo: a melhoria do processo produtivo. O sistema trabalha com cinco das nove tecnologias características do novo modelo de indústria, sendo possível concentrar, organizar e distribuir as informações da manufatura com a intenção de melhorar a produtividade, a qualidade e a disponibilidade.
Entenda o que é o MES e como ele pode ser executado em indústrias.
Manufacturing Execution Systems (MES), é o termo utilizado para nomear os sistemas focados no gerenciamento das atividades de produção, estabelecendo ligação direta entre o planejamento e a equipe.
Esses sistemas geram informações específicas e em tempo real que auxiliam a otimização de todas as etapas da produção, da emissão de uma ação até a entrega dos produtos.
A importância deste sistema está na capacidade de integrar o ERP (Enterprise Resource Planning) e o software específico da linha de produção. E, considerando que a produção concentra o maior valor da indústria, faz sentido investir em um sistema que traga melhorias de modo geral, influenciando o lucro final.
O MES é o sistema ideal para entender exatamente o que ocorre nas linhas de produção, antecipar ações para evitar problemas e disparar informações automáticas ou robotizadas para melhorar a performance e a qualidade.
Hoje, com um sistema de gestão empresarial, a aplicação do MES em um processo produtivo é muito rápida e de baixíssimo investimento e impacto. Primeiro, utiliza-se a Internet das Coisas (IoT) para coletar os dados e enviá-las para a nuvem de maneira segura. Na nuvem estes dados são processados através de um Big Data que os transforma em informações úteis para a integração entre sistemas.
O conceito nuvem, IoT, Big Data e integração são exemplos de novas tecnologias utilizadas na indústria 4.0 e que estão completamente alinhadas com o MES.
Simples, a busca por melhoria contínua em produtividade, qualidade e disponibilidade. O que reflete em uma lista de funcionalidades e outra de benefícios:
• Importação de dados do sistema ERP: itens, estações de trabalho, armazenagem, estoque, planos da qualidade, dados de funcionários, etc.;
• Importação de parâmetros para a produção – pedidos e prioridades de manufatura;
• Automatização das instruções e documentação de trabalho até a entrega de material nas estações;
• Armazenamento das informações de atividades da produção: tempo de operação em cada estação, tempo de máquinas, componentes usados, material desperdiçado, etc.;
• Armazenamento e divulgação dos dados de qualidade;
• Monitoramento da produção em tempo real e ajustes em todas as etapas conforme seja necessário;
• Análise de métricas e desempenho da produção.
• Redução dos tempos de produção;
• Redução dos custos de mão de obra e treinamento;
• Apoio à manufatura enxuta;
• Apoio à melhoria contínua;
• Melhora a confiabilidade do produto;
• Aumenta a visibilidade das atividades do chão de fábrica, assim como dos custos do processo de manufatura;
• Aumento de rentabilidade utilizando os mesmos recursos;
• Aumento do índice OEE.
O momento ideal de implantar o sistema na sua produção é quando um dos objetivos a seguir aparece:
1. Digitalização: eliminar o uso de papeis e planilhas, concentrando os dados de produção.
2. Conectividade: extrair informações de produção direto das máquinas.
3. Visibilidade: transformar os dados de produção em tomada de decisão visível para todo o chão de fábrica.
4. Transparência: mostrar o impacto das ações e a evolução do processo através de indicadores.
5. Predição: prever se as metas serão obtidas e agir antecipadamente aos eventos de ineficiência.
6. Adaptabilidade: tomar ações para eventos de ineficiência que forem identificados.
Veja como o MES pode ajudar a otimizar a produção do chão de fábrica em três vertentes:
• Operações de produção e de manufatura: controla o estado da produção e validando se os objetivos estão sendo atingidos; endereça as ineficiências identificadas para as áreas corretas; alerta sobre problemas que impactarão as metas; registra os problemas de qualidade.
• Planejamento da manufatura: apoio ao processo de tomada de decisão em tempo real; organiza e otimiza a utilização dos recursos produtivos; deixa claras as ineficiências e possibilita eliminar as mesmas; auxilia os operacionais com informação sobre a execução da produção.
• Performance financeira corporativa: evita ou identifica rapidamente os surtos de problemas de qualidade; gera redução de custos de produção, de estoque, de tempo de ciclo e perdas por refugo e sucata; melhora o serviço ao consumidor com entregas no prazo, processos e produtos rastreáveis, qualidade assegurada e flexibilidade para responder às demandas de clientes.
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