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Tecnologia e mercado de trabalho: a ressignificação da relação entre empresa e profissional

Saiba como a Indústria 4.0 transforma as relações entre empresas e profissionais

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Uma indústria moveleira trocou o trabalho manual pela automação e a produção em massa por produtos personalizados. Agora todas as máquinas da fábrica são controladas por computador. O projeto dos móveis é feito em softwares especializados e as peças, que antes eram empilhadas em galpões pelos funcionários, são armazenadas em depósitos automatizados. 

Um cenário completamente diferente da manufatura de alguns anos atrás. Retrato do domínio das máquinas sobre as pessoas, típico exemplo de como os robôs vão substituir o espaço do homem no mercado de trabalho, certo? Errado.

Para a surpresa de muitos, a modernização da fábrica de móveis Alpnach Norm pela Indústria 4.0, aumentou o número de colaboradores. Isso mesmo, com a adoção da tecnologia foi possível fazer o negócio crescer e ampliar o quadro de funcionários. 

Relação entre automação e emprego 

Investir em inovação significa desenvolvimento econômico e geração de empregos e esse fato se torna claro quando observamos alguns exemplos ao redor globo.

Esses são os países mais robotizados do mundo, conforme a Federação Internacional de Robótica:

• 1° lugar: 

Coréia do Sul – para cada 10 mil trabalhadores, existem 531 robôs na indústria sul-coreana. 

Índice de desemprego no país – 4%

• 2° lugar: 

Singapura – para cada 10 mil trabalhadores, existem 398 robôs na indústria.

Índice de desemprego no país – 2,10%

• 3° lugar: 

Japão – para cada 10 mil trabalhadores, existem 305 robôs na indústria.

Índice de desemprego no país – 2,40%

• 4° lugar: 

Alemanha – para cada 10 mil trabalhadores, existem 301 robôs na indústria.

Índice de desemprego no país – 3,40%

É importante destacar que, para alcançar esse invejado patamar, os países que ocupam os primeiros lugares do ranking começaram a investir fortemente em tecnologia há muitos anos. Por exemplo, o bloco dos chamados “Tigres Asiáticos”, composto por Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan, trilha o caminho da modernização desde 1970. 

Se a tecnologia contribui com a geração de empregos, por que tanta resistência?

As possibilidades da tecnologia até hoje nos assustam, assim como tudo que é novo. Quando pensamos em inovações tecnológicas, uma das primeiras coisas que vêm à mente são os cortes no mercado de trabalho. Essa história se repete desde a primeira Revolução Industrial: as máquinas vão roubar o emprego das pessoas. Será que essa profecia catastrófica é a nossa única alternativa de futuro?

Está na hora de analisarmos o quadro completo e não apenas um pequeno ponto cinza no meio de uma pintura estonteantemente colorida. Os pesquisadores Alex Cole, Ian Stewart e Debapratim De, intrigados com o tema, resolveram aplicar uma pesquisa para descobrir os reais impactos da tecnologia em nossa sociedade. 

A partir de números coletados pelo censo britânico, desde 1871, e do Labour Force Survey, desde 1992, eles identificaram que: 

conforme as máquinas surgiram na sociedade, elas assumiram tarefas repetitivas, mas nunca chegou perto de eliminar a necessidade do trabalho humano em nenhum momento dos últimos 140 anos.

Sim, a tecnologia reescreve as relações de trabalho, supre algumas atividades básicas que consomem maior parte do nosso tempo e, o mais importante, cria novas funções e carreiras. O problema é que a grande geração de empregos e oportunidades proporcionadas pela modernização, muitas vezes, é ofuscada pelo medo do desconhecido.

A palavra certa é: Ressignificação do trabalho

A tecnologia não veio para ocupar o lugar do homem, pelo contrário, chegou para ocupar um lugar que nunca foi nosso. Ou seja, a digitalização se encarrega de tarefas repetitivas para que possamos usar todo o nosso potencial em atividades relacionadas a criação, desenvolvimento e busca por soluções.

Diante disso, a pergunta que devemos fazer é: em meio as transformações digitais, o que muda no mercado de trabalho?

À medida que as empresas adotam novas tecnologias, surgem outras necessidades e habilidades que os profissionais devem dominar. Nesse post mostramos quais são as 6 características indispensáveis para a formação do novo profissional.

As mudanças, no entanto, não se restringem ao indivíduo. Uma pesquisa apresentada pelo Fórum Econômico Mundial afirma que 44% dos profissionais de recursos humanos em 15 países acreditam que o maior impacto no mercado é proveniente das mudanças no ambiente corporativo. 

Por exemplo, estão cada vez mais populares os modelos de home office, arranjos flexíveis – contratações de pessoas físicas para projetos específicos –, e trabalhos relacionados à “gig economy” – impulsionado por plataformas digitais como Uber e Amazon.

Saiba quem é o profissional da indústria 4.0.

Como lidar com essas mudanças?

Um relatório realizado pela PwC mostra que a inteligência artificial, robótica e os outros pilares da Indústria 4.0 têm o potencial de trazer grandes benefícios econômicos. Em números, isso representa até US$ 15 trilhões para o PIB global até 2030. 

A 4ª Revolução Industrial é uma realidade. Para se manterem competitivas, as principais economias do mundo disputam a liderança pelo domínio da tecnologia. Alguns países, como o Canadá, valorizam o desenvolvimento de startups, buscando um papel de destaque no mundo digital. Outros, como a Alemanha, se diferenciam por implantar tecnologias digitais no seu processo produtivo, gerando 30% a mais de produtividade para a indústria. 

No Brasil, a Manufatura Avançada ainda está na fase inicial. Conforme o Relatório de Competitividade Digital, divulgado pelo IMD (Escola de Negócios Suíça), nossa pátria amada ocupa a 57ª posição entre os 63 países analisados no estudo. 

O Movimento Brasil Digital identifica três grandes gargalos que atrasam o desenvolvimento brasileiro no quesito tecnologia. 

1° fator humano: as escolas brasileiras não estão formando pessoas preparadas o suficiente para aproveitar ao máximo o potencial da transformação digital. Além disso, ainda temos muito o que evoluir na qualidade desse ensino.

2° Infraestrutura: precisamos fortalecer a infraestrutura do país em relação às telecomunicações, melhorando serviços como capacidade de processamento, banda larga e acesso à rede wi-fi. Outras questões como legislação, regras para parcerias público-privadas, políticas voltadas às cidades inteligentes e mobilidade urbana são alguns exemplos de ações que precisam ser aprimoradas.

3° Governo: iniciativas do Estado para contribuir de maneira proativa no desenvolvimento dessas inovações – assim como o marco regulatório de colaboração público-privado – e, inclusive, implantar soluções tecnológicas nas atividades públicas. 

A solução está nas pessoas

Essas transformações tecnológicas não acontecem de forma rápida da noite para o dia. Elas são implantadas pelas companhias de maneira gradual. A consultoria PwC prevê a adoção da automação até 2030 em três momentos.

• 1° fase (até o início dos anos 2020) – algorítmica: deslocamento relativamente baixo dos empregos existentes, cerca de 3%.

• 2° fase (para o final dos anos 2020) – aumento: o deslocamento de empregos pode aumentar com o amadurecimento das tecnologias e implantação em toda a economia.

• 3° fase (a meados da década de 2030) – autonomia: nesse período até 30% dos empregos poderiam ser automatizadas, com as máquinas atuando em atividades manuais.

Conforme passamos por esse processo de transição, surgem outras oportunidades profissionais com o aumento na geração de demanda por empregos. 

A solução para se adaptar à nova realidade é investir em pessoas, proporcionando o preparo tecnológico desde a base educacional. Afinal, as crianças de hoje terão profissões que ainda não existem. E os adultos? O que acontece com os profissionais que já estão no mercado? As habilidades mais exigidas para a Era Digital, ao contrário do que muitos pensam, não estão em profundos conhecimentos em programação, big data ou machine learning, mas sim na capacidade de se adaptar e na busca pelo aprendizado constante.

Lembre-se: a tecnologia é a nossa aliada para um mercado de trabalho melhor!

 

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