Saiba porque as empresas estão migrando para o modelo de assinatura e quais os benefícios
Ela é a queridinha de crianças, jovens e adultos. É a melhor parte do caminho enquanto enfrentamos o trânsito caótico. No conforto do lar, é a companhia preferida de muitas pessoas em qualquer hora do dia. Claro, estamos falando da Netflix. Especialistas estimam que o serviço de streaming alcançará 201 milhões de assinantes em 2023, aumento de 82% segundo a Digital TV Research.
Com esse sucesso de causar inveja a qualquer vídeo locadora, é fácil esquecer que um dia as pessoas se deslocavam para ter acesso a um DVD. Você pode estar se perguntando: “como a Netflix conseguiu mudar o nosso comportamento?”.
Acredite, por mais incrível que seja a plataforma de filmes e séries preferida dos brasileiros, ela não merece todo o crédito. Na verdade, o principal responsável pela mudança no mercado é o próprio consumidor.
Descubra o que a Netflix tem em comum com a sua indústria.
Exatamente, o consumidor mudou e as empresas inteligentes perceberam e se adaptaram à transformação. Você lembra como eram as coisas na década de 90? A era dos CDs, a popularização dos computadores pessoais e o avanço da revolução digital. Naquela época, para instalar qualquer programa no PC era preciso ir à loja, comprar o software, levar para casa e, finalmente, fazer a instalação.
Os anos passaram, as gerações mudaram e hoje as pessoas não se satisfazem ao comprar apenas um produto. Uma das evidências disso, por exemplo, é que os jovens não veem mais a compra de um carro como o seu grande sonho de consumo – por que comprar um carro se eu posso chamar um Uber e usar o dinheiro para viajar?
Antigamente a vida era muito previsível, a ideia de futuro dos jovens era passar anos no mesmo emprego e na mesma casa. Mas, como deu para perceber, as prioridades e os hábitos não são mais os mesmos. Hoje, a maioria das pessoas quer ter novas experiências, viver em lugares diferentes e conhecer outros ambientes de trabalho. Diante dessa nova realidade, cada vez menos vamos desejar possuir algo. Ao invés disso, vamos buscar apenas usufruir dos benefícios dos produtos. Não vamos ter um carro, vamos usar um carro. Não vamos ter uma furadeira, vamos usar uma furadeira.
O que isso muda para as empresas? Simples, o consumidor é quem dita as regras do jogo e escolhe o serviço que proporciona os melhores benefícios.
Acompanhe o raciocínio: quando compramos um produto, escolhemos pelo seu benefício – o creme dental que deixa os dentes mais brancos ou o shampoo que diminui o frizz do cabelo. O que realmente importa é o resultado que determinado produto ou serviço vai nos proporcionar. A partir desse princípio podemos entender a lógica da economia recorrente ou modelos de assinatura, em que contratamos um serviço para solucionar um problema, ao invés de comprar o produto.
Esse conceito foi apresentado por Jeremy Rifkin, em 2000, no seu livro “A Era do Acesso”. O autor explica que a economia da recorrência é uma transformação na economia mundial, onde as empresas deixam de vender um produto para cobrar aluguéis por um acesso. Isso aconteceu com os filmes na Netflix, as músicas no Spotify, o transporte urbano no Uber, os pedágios no Sem Parar, os livros com o Kindle da Amazon.
Existem muitos outros exemplos, o modelo de negócio recorrente está presente nos mais diversos tipos de segmentos:
• Software as a Service (SaaS) ou software como serviço;
• Serviços digitais para áreas de design e marketing como banco de imagens;
• Plataformas de entretenimento como música, filmes e séries;
• Mídia como jornais, revistas e portais;
• Clubes de assinaturas de bebidas como vinho, cerveja e café;
• Plataformas de educação que disponibilizam cursos online;
• Academias;
• Planos de saúde e seguros.
Para você ter uma ideia do impacto desse formato de negócio, das 10 empresas mais valiosas do mundo em 2018, segundo o Economática, 4 disponibilizam acesso de suas soluções como Amazon, Alibaba, Microsoft e Facebook.
Caso alguém tenha duvidado das previsões de Rifkin no lançamento do seu livro, hoje está comprovado que não se tratava apenas de uma moda passageira. Além das gigantes do entretenimento que já citamos aqui, o conceito também está presente em novos formatos de negócios que a cada dia se tornam mais populares como a economia criativa, economia colaborativa e economia do compartilhamento.
Esses conceitos representam o novo comportamento do consumidor, focado no acesso fácil e rápido à solução, no compartilhamento e na sustentabilidade. As inovações tecnológicas caminham junto a esse perfil, como podemos observar no setor automobilístico.
Os carros autônomos são realidade e a indústria têm inúmeros projetos inovadores para aproveitar esse momento do segmento. A mobilidade prestará um atendimento, as pessoas deixarão de comprar um carro para adquirir um serviço.
Grandes empresas de serviços estão investindo no desenvolvimento de carros autônomos visando atender essa tendência. E quem quiser comprar um carro poderá alugá-lo ou deixar ele trabalhando enquanto você não o utiliza.
Veja como a Indústria Automotiva 4.0 vai mudar o mercado.
Adquirir acesso por meio de assinatura garante mais poder ao consumidor, porque a partir do momento em que o serviço não corresponder às expectativas do usuário, rapidamente ele irá trocar de fornecedor. Por isso, as companhias precisam estar, mais do que nunca, atentas à satisfação do cliente.
Para as empresas o desafio é engajar o público a longo prazo e investir em relacionamento para que o assinante continue interagindo com a marca e usufruindo do serviço.
No início do post, mencionamos sobre o mercado de software. Esse segmento foi um dos pioneiros na adoção do pagamento por assinatura. Desde então, houve muitos avanços na relação entre sistema e usuário.
Saiba o que avaliar na hora de escolher um software de gestão.
O SaaS (Software as a Servisse ou Software como Serviço) nada mais é do que uma forma de distribuição e comercialização de software totalmente online, em que se paga o acesso e não a propriedade do produto. Assim, ao invés de comprar um sistema, pagar licenças vitalícias e esperar por uma equipe para realizar a instalação, é possível utilizá-lo simplesmente se conectando à Internet.
O usuário acessa o software pela ferramenta de busca browser ou por uma instalação local, faz um login com o seu cadastro e pode navegar por toda a solução. Dessa maneira, o cliente adquire o direito de uso a partir de pagamentos mensais.
• Facilidade e comodidade na hora de adquirir o software – toda a compra, instalação e suporte técnico podem ser feitos online;
• Dispensa pagamentos e contratos com LDU (Licença de Uso);
• Atualizações constantes do sistema – tenha acesso as versões mais modernas da tecnologia;
• Novidades em recursos e ferramentas – mix de produtos e serviços renovados frequentemente;
• Melhor custo-benefício – menos contratos e taxas, pague o que realmente usa do serviço;
• Flexibilidade, praticidade e agilidade;
• Empresa especialista na solução que o seu negócio precisa para oferecer o que você procura na hora certa e na medida certa.
Confira o Checklist: critérios para escolher seu ERP.
Para finalizar, o grande diferencial dos modelos de assinatura é que o usuário ganha ainda mais relevância. O fornecedor do serviço vai fazer de tudo para conquistar a sua fidelidade, melhorando incansavelmente a sua experiência com a marca. No caso do software, como pudemos conferir, os benefícios são indiscutíveis e geram aproximação da empresa parceira que irá acompanhar o seu negócio em tudo o que você precisar para garantir o sucesso da sua empresa e estabelecer uma relação duradoura.