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Fail fast, learn faster: Outro olhar sobre o fracasso

Saiba como surgiu o conceito, porque temos tanta dificuldade em aceitar as falhas e como usá-las ao seu favor

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Na França do século XVII, era normal encontrar pessoas usando uma touca verde. O acessório de cor nada discreta carregava um valor simbólico maior do que apenas um estilo de moda. Essa era a “tendência fashion” que ninguém gostaria de adotar. 

A touca verde era exclusiva para os fracassados. Isso mesmo: a peça tinha a função de identificar na sociedade os comerciantes que perderam seus negócios, os falidos.

Os anos passaram e ninguém mais precisa expor de forma vergonhosa seus fracassos, mas o constrangimento em assumir nossas frustrações continua presente em nossa cultura. Afinal, errar não é bonito, porém é fundamental para qualquer gestor alcançar o sucesso. 

Já dizia Thomas Watson, fundador da IBM: “O caminho para o sucesso é dobrar sua taxa de falhas”

Aprenda a lidar com a falha

Entusiastas da nova economia e da transformação digital tentam desmistificar a crença de que errar é um atestado de incompetência. Esse é um grande desafio, pois, além de fazer parte da nossa cultura, homens e mulheres encaram o fracasso de forma diferente.

Por exemplo, quando um homem é malsucedido em seu negócio, logo se aventura em um novo empreendimento em outro setor. No caso das mulheres, a primeira coisa que elas fazem ao encerrar as atividades de sua empresa é procurar um emprego e suspender seus planos como empreendedora. 

Se queremos desenvolver e acompanhar as constantes evoluções do mercado, o primeiro passo é abandonar esse mindset. Países líderes em inovação já entenderam que passar por momentos de equívoco faz parte do processo de melhoria contínua. O importante é falhar rápido e aprender mais rápido, conceito conhecido como “fail fast, learn faster”. A expressão se tornou um dos mantras do Vale do Silício – uma das regiões mais inovadoras do mundo – e é defendida pelo autor Eric Ries em seu livro Startup Enxuta. 

Conheça as 9 competências essenciais do profissional do futuro.

O que significa “Fail fast, learn faster

Ries explica que o empreendedor deve saber identificar quando o seu plano possui alto potencial e quando está na hora de pivotar, ou seja, parar o projeto e iniciar outro. Largar uma ideia pode ser uma decisão difícil, principalmente, para os gestores que tratam sua empresa como um filho, mas, às vezes, é o necessário para garantir a sobrevivência da marca. 

Quando falamos em fracasso, não se trata da glorificação do erro como se fosse uma virtude. O princípio do conceito incentiva a identificação rápida do problema, aprender com a situação e solucioná-la imediatamente. Após a correção do processo, deve-se realizar testes e colher feedbacks para detectar se há outros obstáculos.

Por isso, a proposta é aprender a falhar. Deu tudo errado? Nada saiu como o planejado? Respire fundo, lembre-se do seu propósito, analise a situação, entenda o que precisa ser mudado e trace um novo plano. Depois de colocar a nova ideia em ação, realize testes e avalie novamente os resultados.

Grave essa frase: falhar sem aprender é perda de tempo. Se é para fracassar, então que seja de modo inteligente!

Saiba porque na Era da Transformação Digital, o pulo do gato não é a tecnologia.

MVP – Produto Minimamente Viável

Para validar as chances de sucesso do negócio, Ries aborda a técnica de Minimum Viable Product (MVP) ou, em português, Produto Minimo Viável. O método consiste em lançar um protótipo (a primeira versão) do produto para um grupo de pessoas. 

Nessa primeira fase, o intuito é testar a ideia com o público para saber se o projeto realmente funciona, quais são as dificuldades, identificar os gargalos que precisam ser ajustados e realizar as melhorias. Aqui fazemos as correções e lançamos novamente para os usuários experimentarem e darem os feedbacks. Dessa forma o produto ou serviço está em constante evolução. 

Hipóteses

Você já decidiu qual é o propósito da sua nova marca e qual problema ela vai resolver. Mas antes de ver seu sonho finalmente se tornar realidade, certifique-se de que sua ideia será aprovada nesses testes. 

O autor relaciona dois tipos de hipóteses que precisam ser levadas em consideração: a hipótese de valor e a de crescimento. A hipótese de valor visa testar se o produto ou serviço de fato agrega valor ao cliente. A segunda tem o objetivo de analisar a capacidade de adesão ao novo produto – os primeiros usuários se tornariam promotores da marca? Será que o produto ganharia adesão em massa?

Métricas 

Fail fast, learn faster” só é possível quando estamos atentos às métricas certas. Os dados são importantes, mas dependendo das fontes que usar, você corre o risco de desenhar um cenário duvidoso sobre a sua empresa. Passe longe das chamadas métricas de vaidade (informações que passam uma visão distorcida da realidade da companhia), observando os três As das métricas: acionável, acessível e auditável. 

Métricas acionáveis são aquelas que demonstram a causa e o efeito da ação, assim o profissional analisa com clareza as consequências de cada uma de suas decisões. Já as acessíveis valorizam os relatórios de simples compreensão e acesso fácil, dessa forma todos podem interpretar sem dificuldades os números. Por fim, as auditáveis se referem à confiabilidade e segurança dos dados. 

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Transformação ágil

O conceito de “fail fast, learn faster” está diretamente relacionado com as metodologias ágeis. Uma maneira eficiente de executar projetos aplicando planejamento adaptável, melhoria contínua, equipes independentes e multidisciplinares. SCRUM, Lean e Kanban são algumas das ferramentas utilizadas no método. 

Vale ressaltar que, ter agilidade é diferente de ter velocidade. Ser ágil significa ser facilmente adaptável. Para simplificar: um trem bala possui alta velocidade, mas não possui flexibilidade para fazer curvas e desvios que não estejam previstos em sua rota. Enquanto um leopardo possui a habilidade de correr rapidamente, saltar e mudar caminhos sempre que precisar durante uma caçada. O leopardo sim é ágil e deve ser nossa referência. 

Vivemos em um mundo de mudanças frenéticas, as transformações acontecem na velocidade da luz. Por isso, o conceito de “falhar rápido, aprender mais rápido”, aliado às metodologias ágeis, é imprescindível para a sobrevivência das empresas. Visto que, errar impulsiona a inovação, proporciona a adaptação rápida a evolução digital, liberta as organizações do medo de arriscar em novas soluções para o mercado e ensina as instituições a ouvirem o cliente. 

Em resumo, o que parece ser o pior desastre da história da sua organização, pode ser o aprendizado que você precisava para se destacar dos concorrentes e se tornar o n°1 do seu segmento.

 

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