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Agricultura 4.0: um novo modelo de produção que traz soluções para os principais desafios do setor.
Até 2050 a população mundial aumentará em 26%, segundo relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) seremos 9,7 Bilhões de habitantes. No entanto, os recursos estão cada vez mais escassos e as mudanças climáticas seguem avançando.
Para dar conta da demanda crescente e mudanças inevitáveis, o setor agrícola tem que se adaptar e encontrar maneiras sustentáveis e eficientes para progredir. Com isso, surge o movimento da Agricultura 4.0.
Esse novo modelo de produção traz novas ferramentas ao setor primário por meio de sistemas de coleta de dados em larga escala ou incorporação de IA, com o objetivo de aumentar a produtividade, reduzir custos e o impacto ambiental das práticas agrícolas. No artigo a seguir, entenda melhor o conceito e os benefícios e desafios que ele traz.
A agricultura 4.0 baseia-se em ter todas as informações fornecidas por sensores utilizados em uma fazenda, centralizando essas informações via internet e analisando esses dados para uma tomada de decisão ideal.
Qualquer sensor usado produz um grande volume de dados que podem ser analisados em massa, fornecendo informações valiosas para melhorar a qualidade da colheita ou reduzir o impacto no meio ambiente.
A automação e a troca de dados exigidas por esta nova agricultura inteligente vem por meio de três elementos principais: a Internet das Coisas (IoT), sistemas de hardware físico e computação em nuvem.
Utilizando os avanços tecnológicos (drones, sensores, softwares e outros) conseguimos realizar tarefas agrícolas em menos tempo e com melhores resultados, além de coletar um grande volume de dados cuja análise permitirá economia de suprimentos, recursos e tempo de trabalho.
A conectividade dentro de uma rede agrícola fornece um grande volume de dados que, uma vez analisados, fornecem informações valiosas em todos os pontos da cadeia de abastecimento.
Por exemplo, quando se trata de cultivar uma determinada safra de alimentos, os dados nos fornecem informações precisas sobre quais produtos químicos são os corretos para aplicar, as concentrações ideais e o melhor momento para aplicá-los.
Em outros pontos da cadeia, essas informações também seriam úteis, como para melhorar as falhas de produção, obter uma vantagem de mercado sobre os concorrentes ou para atingir de forma otimizada sua base de clientes.
O big data tornará toda a cadeia mais competitiva e lucrativa, a rastreabilidade mais segura, ajudando a atender a demanda de compradores locais e internacionais.
O uso de IoT - Internet das coisas - em dispositivos agrícolas será a regra, não a exceção, à medida que se torna cada vez mais simples para os softwares fazerem a conectividade dos mesmos dados em diferentes aplicativos. Isso reduzirá os custos financeiros e de tempo decorrentes de erros humanos.
Os sensores já são usados para monitorar a nutrição do solo, temperatura, umidade e muito mais. A IoT irá interconectar todos esses sistemas juntos, eliminando a necessidade de inserir dados repetidamente em vários aplicativos que não se comunicam entre si.
Drones são ótimos exemplos da eficácia das novas tecnologias no campo, ajudam na busca de pragas ou locais de difícil acesso que precisam de atenção extra, além de pulverizar plantações. Avanços recentes na tecnologia de sensores estão adicionando novas funcionalidades aos drones, como o uso de comprimentos de onda no espectro de luz para detectar ervas daninhas e colheitas doentes.
A IA está emergindo como uma parte essencial da evolução tecnológica da agricultura. Essa inteligência é aplicada nas lavouras por meio de robôs autônomos capazes de realizar tarefas básicas como semear, colher ou pulverizar produtos químicos, monitorar lavouras e solos por meio de algoritmos de aprendizagem para processar dados capturados por drones ou tecnologia baseada em software.
Além disso, a Inteligência Artificial realiza análises preditivas de modelos de aprendizado de máquina para prever aspectos como os impactos das condições ambientais nos rendimentos das plantações.
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O setor agrícola está atualmente sob forte pressão, principalmente devido ao crescimento da população global, escassez de recursos naturais e mudanças climáticas.
A agricultura 4.0 pode ser um grande aliado nesta situação, pois aumenta a produtividade, melhora o processo de tomada de decisão no manejo das lavouras (umidade, nutrientes, pragas, entre outros.), reduz o impacto das práticas agrícolas no meio ambiente e também os custos como eletricidade, água e combustível.
No entanto, embora esta revolução seja promissora, ela precisa superar alguns desafios como a exclusão digital no meio rural, o financiamento dessa inovação na Indústria 4.0 e regulamentações que protejam todos os dados que as empresas obtêm de seus próprios plantios.
A Agricultura 4.0 é mais do que um movimento, é o próximo passo em direção a um sistema agrícola mais inteligente, eficiente e amigo do meio ambiente.
As operações diárias em toda a cadeia de suprimentos geram grandes quantidades de dados. Na maioria dos casos, essas informações não foram exploradas, mas por meio do uso de big data e novas tecnologias, todas essas informações podem servir para melhorar o desempenho e a produtividade de qualquer safra.
Embora ainda existam desafios a serem superados, estamos confiantes de que a Agricultura 4.0 será implementada em escala global, permitindo resolver alguns dos maiores desafios que a humanidade enfrenta, como a falta de recursos e as mudanças climáticas.
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