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Entenda o motivo do entusiasmo do mercado para esse ano
Podemos dizer que 2018 foi intenso. Um ano com tantos acontecimentos que fez com que os meses passassem num piscar de olhos – quem não ficou com aquela sensação de “ué, já é dezembro?”.
Copa do mundo, greve, investigações, eleições e outras situações inesperadas marcaram os últimos meses. Com maior ou menor impacto, esses eventos refletiram nos resultados da indústria.
Após um longo período de lenta recuperação econômica, nos próximos parágrafos vamos espiar o futuro e ver o que a manufatura brasileira pode esperar para 2019.
Segundo dados do IBGE, o mau desempenho do setor industrial no ano passado foi decorrente do alto desemprego, mercado de trabalho em recuperação e baixos índices de confiança na economia. Em resposta a esse cenário, vimos a postergação do consumo e de investimentos do empresariado.
Entre os principais problemas apontados em 2018, temos: elevada carga tributária, demanda interna insuficiente, escassez ou alto custo da matéria-prima, falta de capital de giro e competição desleal.
Essa fase passou e 2019 chegou com novas perspectivas para a indústria. Mesmo que o mercado ainda sinta a lenta recuperação da economia, as expectativas positivas superam o pessimismo do baixo desempenho atual.
Fique de olho nos últimos indicadores econômicos, eles desenham um novo cenário para o empresário brasileiro.
• Otimismo – a palavra de 2019: o empresário brasileiro está rindo à toa. O motivo para esse otimismo está na previsão de crescimento de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) para 2019 e no índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) que atingiu 96 mil pontos no dia 18 de janeiro.
• Sondagem Industrial CNI – dezembro 2018: o relatório mostra o crescimento de mais de 2 pontos na expectativa de demanda, em compras de matéria-prima e na quantidade exportada – entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. O índice de intenção de investimento também aumentou 0,6 ponto durante o mesmo período.
• Projeções para o PIB – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea): de acordo com o estudo realizado a partir de análises de curto e médio prazo, o PIB deverá fechar o ano de 2019 com crescimento de 2,7%. A inflação segue abaixo da meta, com previsão de atingir 4,1%.
• Balanço anual 2018 – CNI: as previsões divulgadas pela confederação apontam um crescimento de 3% no setor industrial, aumento de 6,5% nos investimentos, avanço no consumo das famílias alcançando 2,9% e queda da taxa de desemprego para 11,4% (número era de 12,2% em 2018).
O mercado está animado com esses indicadores e se prepara para uma alavancada da economia. Para o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, o país precisa aumentar a taxa de crescimento da produtividade de forma permanente e sustentável. É uma questão de sobrevivência.
Para se manterem produtivas e competitivas, as indústrias já entenderam que precisam se adaptar às inovações tecnológias da Fábrica 4.0. Um processo que não acontece da noite para o dia, pelo contrário, é um grande desafio para qualquer negócio.
Engana-se quem pensa que adotar a transformação digital é fácil para as grandes companhias. Corporações tradicionais têm dificuldades em mudar sua forma de pensar e trabalhar, incorporando um estilo de inovação “startup”. No entanto, as manufaturas que não se adaptarem irão perder fatias de mercado e o seu maior problema será manter-se lucrativa.
Para ajudar no processo de modernização das fábricas, alguns órgãos criaram iniciativas que integram manufaturas às startups. Esse é o caso do programa “Startup Indústria”, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que conectou 27 startups à 10 empresas brasileiras com o objetivo de auxiliar a fábrica a desenvolver seus processos internos de acordo com o mindset da transformação digital.
Os responsáveis pelo projeto deixam claro que a parceria com a startup não é a única maneira de modernizar o seu negócio, mas é uma estratégia eficaz para quem quer começar e não sabe como renovar sua manufatura. O projeto também estimula o primeiro princípio da inovação: o compartilhamento de conhecimento.
A proposta deu tão certo que a promessa é de que esse tipo de parceria cresça de forma acelerada. Ninguém quer ficar para trás quando se trata de competitividade e sucesso da sua marca. Ficou interessado? Saiba mais sobre essa alternativa para agilizar a evolução do seu parque fabril.
Caso você seja um iniciante no mundo 4.0, antes de querer conectar sua fábrica com uma startup, é preciso fazer a lição de casa e trabalhar alguns pontos internos, como:
• conscientização da importância da transformação digital;
• amadurecimento do mindset de inovação;
• entender qual é o grau de maturidade digital da fábrica;
• mapear e organizar os processos produtivos;
• preparar e qualificar o time para as mudanças.
Essas são apenas algumas das primeiras etapas, conheça aqui os 6 passos para inserir sua manufatura na Era 4.0.
Apesar das dificuldades do contexto de 2018, o Brasil – que não tinha nenhum – conseguiu fechar o ano com cinco unicórnios (nome dado às empresas que valem mais de um bilhão de dólares). Imagine o que nos espera em 2019 com um cenário mais favorável!
Para que os números positivos se transformem em resultados é preciso que a política econômica siga à risca o plano proposto. As projeções apresentadas dependem da realização dos ajustes fiscais prometidos pelo governo.
O cenário macroeconômico do ano passado influenciou diretamente os resultados do mercado financeiro. Embaladas por um clima de maior estabilidade, as previsões estão positivas. De agora em diante todas as companhias – de acordo com sua realidade – começam a investir em processos mais eficientes, visando melhorar a competitividade.
Não basta manter um negócio aberto, é preciso torná-lo rentável. Em 2019, especialistas e profissionais da área estão confiantes para transformar suas marcas em empreendimentos exponenciais.