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Saiba como essa nova era está transformando o mercado
Pense em uma marca conhecida. Qual marca vem primeiro à sua mente: o nome de uma siderúrgica ou uma empresa de tecnologia?
Você pode até conhecer algumas siderúrgicas, mas com certeza lembrou mais rapidamente da sua marca preferida de smartphone, por exemplo.
Em 1917, as principais empresas do mundo pertenciam ao setor de commodities. Hoje, passados 101 anos, gigantes como Google, Apple, Amazon, Microsoft, Tencent e Facebook encabeçam rankings das marcas mais valiosas.
Isso mostra como a tecnologia influenciou a forma como fazemos negócios e como nos relacionamos com outras pessoas e companhias. Nas próximas linhas, você vai entender o que significa economia digital e como essa mudança de cenário afeta a sua empresa.
Economia digital é um modelo de negócio que utiliza a tecnologia em todas as áreas da organização, seja na comunicação, transferência de dados ou nas transações comerciais. Nela, a moeda mais importante é a informação.
Isso mesmo, informação é a nova corrida do ouro e a tecnologia é apenas o canal para transformar conhecimento em riqueza.
Você pode estar pensando: “empresas conectadas já fazem parte do nosso dia a dia, não é uma novidade”. É verdade, a economia digital surgiu nos anos 90 durante os primórdios da internet, quando as empresas começavam a desbravar o mundo online construindo os seus primeiros sites.
Talvez você lembre desse período...
Imagine, de repente surge um portal maravilhoso onde todas as pessoas podem acessar o que você publica. Os seus concorrentes criaram uma página na chamada “web”, enquanto investidores animados apostaram todas as suas fichas no novo mercado. O resultado desse alvoroço em torno da internet? Uma grande bolha que estourou nos anos 2000.
Para o alívio de todos, mesmo depois de causar uma confusão na bolsa de valores, a internet expandiu e estabeleceu o e-commerce como um novo canal de vendas.
Bom, o restante da história você já conhece e até esse post é testemunha da evolução do universo online. Quando olhamos os números, as coisas ficam ainda mais impressionantes:
Fazemos parte de mais de 4 bilhões de pessoas conectadas à rede, em uma população global de 7,6 bilhões de seres humanos aproximadamente – segundo o relatório Digital 2018, divulgado pela Hootsuite e We Are Social.
Pasmem, mesmo com todos os nossos problemas de conexão, o Brasil é o terceiro país que passa mais tempo online: em média são 9h14min diários.
Ter um site, uma página no Facebook e um perfil no Instagram será que é o suficiente?
Sinto informar, os gestores que consideram suas marcas modernas pelo simples fato de estarem presentes nas mídias sociais estão redondamente enganados e atrasados.
Há vários fatores que fazem parte da economia digital como: inovações tecnológicas em constante evolução, mudança no comportamento do consumidor e forma de fazer negócios irreconhecível se comparada a alguns anos atrás.
Espero que o planejamento estratégico da sua companhia leve em consideração esse contexto, porque as coisas mudaram tanto que já ultrapassamos essa fase. Chegamos a nova economia!
O termo soa familiar? Você vai ficar surpreso quando descobrir como ele está reinventando o mercado.
A nova economia traz para o mundo dos negócios soluções disruptivas por meio da tecnologia. Um mindset revolucionador que transforma o comportamento de consumo, as relações comerciais e o fluxo de produção. Assim, cria formas mais eficientes de trabalho e otimiza oportunidades com inovação contínua.
Parece loucura, mas esse é o segredo por trás de unicórnios como Uber, Airbnb, Spotify, Xiaomi, Dropbox, Pinterest e outras gigantes que conseguiram se tornar parte essencial do dia a dia dos seus clientes.
Para ficar mais claro, separamos um exemplo que representa bem a maneira de pensar e atuar na nova economia. Está na hora de você descobrir o que acontece nas companhias do outro lado do globo.
Pronto para uma rápida viagem à China?
Esqueça aquele estereótipo clichê de um país populoso, que vende produtos baratos de baixa qualidade. Sim, continua sendo a região com maior população do mundo, mas te convido a conhecer outra perspectiva da China.
A 16,622 km de distância do Brasil, a China se destaca no cenário internacional pelos produtos e serviços de alta tecnologia e inovação. O contexto contribuiu para a formação de um perfil empreendedor.
Devido à quantidade de pessoas, a vida de um chinês é competitiva desde o nascimento. A situação dos homens é ainda mais complicada já que a parcela feminina é bem menor que a masculina, o que eleva para o nível hard a tarefa de encontrar uma parceira no país asiático. Sem contar que, com tantos candidatos, as vagas para a universidade, emprego e negociações comerciais são disputadíssimas.
Esses e outros aspectos culturais, desenvolveram um ecossistema dinâmico e competitivo nos investimentos chineses. O resultado é uma série de marcas, principalmente de tecnologia, que ultrapassaram as barreiras da grande muralha para conquistar outras terras, inclusive brasileiras – a aquisição da 99 pela Didi foi só o começo.
Poderíamos citar vários exemplos, mas vamos focar no case do Alibaba. Acredite, você nunca mais vai olhar para o site de e-commerce da mesma forma.
A empresa nasceu como um catálogo de produtos online, onde o cliente tinha que entrar em contato com o fornecedor para realizar a compra por canais tradicionais, pois não era possível efetuar transações comerciais pela plataforma. Cresceu e agora corresponde a 80% do mercado chinês e é o maior Marketplace do Mundo com 500 milhões de consumidores ativos.
Não pense que o e-commerce é responsável por sustentar sozinho o sucesso da companhia. Ele é só o começo. O negócio está fundamentado nos serviços e produtos complementares. Por isso, o Alibaba expandiu seu mercado de atuação e adquiriu outras empresas de diferentes segmentos.
Alguns investimentos do grupo Alibaba:
• Dono da plataforma de pagamento eletrônico (AliPay);
• Dono do site de compras para o ocidente (AliExpress);
• Dono da Plataforma para Empresas (Taobao);
• Dono do maior site de vídeo da China;
• Dono da maior rede de cinema da China;
• Sócios do KFC;
• Sócios da principal produtora de filmes da China;
• Sócios do principal clube de futebol da China.
Cada uma dessas marcas complementa sua série de ofertas. Acompanhe o raciocínio: quando um usuário se cadastra e compra em um dos sites do Alibaba, todas as informações ficam registradas criando um perfil comportamental do cliente.
Como são sites em diversos segmentos, a empresa consegue recolher um enorme volume de informações sobre seus consumidores. Com esses dados a plataforma aperfeiçoa e personaliza o serviço, aumenta as oportunidades de interação com o público e melhora a experiência do consumidor.
A ideia é, com base nas informações, conhecer as preferências mais profundas do consumidor para estabelecer uma relação direta com ele. A partir desse princípio, entendemos a lógica de um dos empreendimentos bem-sucedidos do Alibaba: o AliPay, forma de pagamento via celular baseado em QR Code.
Se o cartão de crédito desbancou o dinheiro em espécie das nossas carteiras, o AliPay veio para dar férias ao cartão de crédito físico. Isso mesmo, a plataforma dispensa o uso do cartão. Toda a transação acontece por meio da leitura do código bidimensional gerado na hora da compra.
Em torno de 70% das transações comerciais da China são realizadas pelo smartphone. Em resumo, essa é mais uma forma de compreender o seu cliente e saber, inclusive, quando ele comprou no concorrente.
Depois de tudo que aprendemos sobre o ecossistema oriental, nada como um bom e velho checklist para reforçar os pontos importantes que podem ser colocados em prática hoje.
1. Preste atenção em tudo que está relacionado ao seu produto ou serviço;
2. Aproveite a tecnologia que está disponível para acompanhar a jornada de compra do cliente;
3. Analise todas as informações geradas sobre o seu público;
4. Conheça profundamente os hábitos de comportamento do seu consumidor;
5. Use esses dados para melhorar seu produto ou serviço;
6. Crie experiências personalizadas para o cliente;
7. Siga a ordem: mudança de mindset, ação, averiguação dos resultados e inovação contínua.
O primeiro passo é a mudança de mentalidade para, em seguida, poder adotar as facilidades proporcionadas pelas inovações tecnológicas. Sim, a Transformação Digital já estava ligada a economia digital e continua como parte intrínseca da nova economia.
As principais características do aporte tecnológico nessa fase são:
• Hiperconectividade em tempo real entre indivíduos, empresa e sociedade;
• Poder computacional ilimitado por diversas plataformas, acesso à computação em nuvem, softwares e serviços hospedados;
• sensores e dispositivos móveis;
• avanço na segurança cibernética.
As empresas já entenderam que a transformação digital está claramente relacionada ao crescimento de receita, além de ser um fator decisivo de competitividade.
Em função disso, praticamente todas as pequenas e médias empresas já implantaram ferramentas como software de colaboração, recursos poderosos de computação e comunicações ou computação em nuvem. O próximo e fundamental passo é integrar efetivamente esses recursos para potencializar o desempenho corporativo.
Como mencionamos no início, os dados são o alicerce para qualquer processo de modernização na companhia. Isso significa usar os algoritmos ao seu favor e trazer para a rotina corporativa o hábito de acompanhar essas informações.
A proposta é ir além do sistema Business Intelligence – BI.
Enquanto o BI está centrado em analisar dados para descrever e entender eventos passados com o intuito de prever oportunidades e desafios futuros. Os algoritmos impactam em todas as atividades do presente como planejamento, controle, Internet, redes de mídias sociais, e-commerce e automação de fábricas.
Sim, ter o suporte do sistema BI é fundamental e fazer o acompanhamento diário com a ajuda dos algoritmos também. A questão é: os dois precisam trabalhar em conjunto, por isso nunca deixe de investir na modernização da sua companhia.
Quer saber como o mestre Alibaba fez?
No maior dia do comércio chinês (o Single’s Day), o Alibaba usou algoritmos de sua plataforma para fazer uma análise em tempo real dos usuários que acessavam o site.
Mapeou localização geográfica, preferências de consumo, recorrência e inúmeras informações para personalizar as ofertas na página. Foram 175 mil transações por segundo no site!
A dica que vale para qualquer segmento de negócio é aproveitar os dados para melhorar o seu produto ou serviço diariamente, não apenas visando projeções futuras.
Como você pode usar as informações que tem sobre o seu negócio para resolver uma demanda hoje?
A nossa posição deveria ser bem melhor. Bom, seria mais desesperador se estivéssemos perdendo para a Argentina ou Colômbia, mas ainda estamos na frente com certa vantagem.
E pode ficar tranquilo, não estamos falando de futebol. O assunto ainda é tecnologia.
O Brasil ocupa o 44ª lugar no levantamento mundial sobre conectividade e relação dos países com a economia digital, o Global Connectivity Index (GCI) 2018 realizado pela Huawei.
Por mais incrível que pareça, a pesquisa mostra que a pátria amada tem melhorado constantemente nos últimos dois anos em termos de adoção do 4G, além de aumentar os investimentos em tecnologias como big data e computação em nuvem.
Ainda há muito para fazer, a pesquisa também apontou oportunidades de melhoria na infraestrutura nacional para telecomunicações – nosso maior obstáculo rumo ao desenvolvimento tecnológico.
A boa notícia é que fazemos parte do grupo de países com maior potencial de crescimento econômico por meio de investimentos em infraestrutura de telecomunicações.
No ranking, outra notícia que ganhou destaque foi o crescimento da inteligência artificial. Afinal, está mais do que comprovado que a tecnologia tem potencial de transformar modelos econômicos e atividades industriais, criar modelos de negócios, produtos e serviços.
Como deu para perceber, o mercado está em metamorfose e o principal agente é a tecnologia. Antes de sair desesperado procurando quais soluções podem ajudar a sua empresa a se modernizar e automatizar os processos corporativos, lembre-se: a primeira etapa é a mudança de mindset.
Exige um novo comportamento de negócios que começa pela liderança e deve contagiar o restante dos colaboradores. Aqui você vai entender qual é o papel da equipe na Transformação Digital.
Então, você poderá usar qualquer umas dessas tecnologias para automatizar o seu trabalho. Também pode aprender vendo como outras companhias estão se beneficiando com o uso de dados.