Veja as medidas que devem ser adotadas pelas indústrias para evitar o contágio do COVID-19
No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia global pelo novo vírus COVID-19, conhecido hoje como coronavírus. A doença vem infectando centenas de pessoas na China, Itália, EUA e países da América do Sul, sendo um deles o Brasil.
O Brasil já contabiliza, até o momento, mais de 300 infectados em 19 estados. Muitas empresas e indústrias do país já declararam suspensão das atividades, trabalho remoto ou adotaram medidas preventivas, devido a rápida transmissão do vírus entre humanos.
Por isso, é muito importante saber quais são as medidas de prevenção recomendadas pela OMS e pelos especialistas de saúde para reduzir o avanço do COVID-19, principalmente dentro do chão de fábrica onde há maior concentração de pessoas e manipulação de materiais.
Confira as ações que a indústria deve tomar para minimizar a dispersão do novo coronavírus:
Para áreas administrativas que utilizam o computador para realizar suas atividades, o home office é ideal para a redução da exposição dos colaboradores. A liberação deve ser para todos, mesmo para quem não apresenta os sintomas, a fim de reduzir a aglomeração e conter a propagação da doença.
As indústrias devem planejar e liberar o uso de notebooks fora da empresa, garantindo que os funcionários consigam acessar sistemas e redes confidenciais.
Para estimular a capacitação durante a quarentena, o LinkedIn está abrindo 16 cursos online de graça que fornecem dicas sobre trabalho remoto produtivo, criar relacionamentos à distância e ferramentas de reunião virtual.
A FGV também oferece uma lista de 55 cursos gratuitos para fazer durante a quarentena.
O Sebrae SP está realizando lives diárias sobre impactos da pandemia nos negócios às 17h, nos canais do Sebrae YouTube e Facebook. Confira nesta playlist.
A desinfecção de superfícies, o uso do álcool gel 70% e lavar as mãos frequentemente ainda são as medidas mais seguras para conter o coronavírus. A empresa deve orientar os colaboradores a não tocarem seus rostos, materiais ou máquinas sem terem lavado as mãos.
Limpeza de mesas, maçanetas, botões e superfícies também devem ser reforçadas com agentes desinfetantes como hipoclorito de sódio 0,5%. Abraços, beijos no rosto e apertos de mãos devem ser substituídos por acenos ou outras formas de saudação.
Reforce a higienização das superfícies de EPIs usado pelos colaboradores dos ambientes fabris com o álcool 70%. Capacetes, óculos, máscaras e ferramentas de uso frequente devem estar esterilizados de forma que seja contido a pandemia. Oriente também a todos trazerem suas garrafas de água de casa, e que não compartilhem objetos entre si.
O COVID-19 pode se manter ativo em superfícies não higienizadas por até 72h (em plástico e inox) ou 24h (no papelão). Superfícies que foram contaminadas por portadores do vírus podem então ser mais uma fonte de disseminação.
A Especialista em Medicina Ocupacional Andréa Camargo apresenta neste vídeo mais cuidados voltados aos trabalhadores da indústria.
Limitar o fluxo de pessoas é o objetivo das quarentenas. Para os funcionários que não conseguem sair da fábrica, uma medida é restringir o tráfego de pessoal externo (fornecedores, consultores, prestadores de serviço) e reduzir o acesso do pessoal interno de circulação frequente (qualidade e manutenção).
A ideia é que todos trabalhem em home office e estejam isolados. Dessa forma, as reuniões online devem ser conduzidas nos próximos 30 ou 60 dias. Ferramentas como Skype, Zoom, Whatsapp, Google Hangouts Meet devem ser utilizadas para webconferências e hangouts.
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Elimine viagens nesta época e traga de volta quem está fora do país. O vírus se dissemina através do contato com pessoas, sendo necessário um hospedeiro para transportá-lo. Viajantes vindos de Wuhan na China, por exemplo, espalharam o vírus para o todo o mundo.
Para quem esteve em locais de disseminação do novo coronavírus devem ficar em quarentena de 14 dias após a viagem, mesmo que não apresentarem os sintomas. Deve-se medir a temperatura 2 vezes ao dia.
A divisão de turnos é necessária para a inspeção e desinfecção dos ambientes e superfícies. Para evitar maior aglomeração e contato entre as pessoas de diferentes áreas, a hora do almoço pode ser distribuída entre os colaboradores para reduzir o número de pessoas no refeitório e o trânsito de pessoal na indústria.
As empresas devem orientar os colaboradores a fazerem uma autoavaliação dos principais sintomas antes de entrarem. Caso apresentem os sintomas, deve-se aconselhar a ficarem de quarentena em casa para diminuir o contágio dos demais colegas.
Reforce a mensagem dentro da empresa através do RH e comunicação interna, aconselhando as medidas preventivas a serem adotadas, áreas que deverão ser afastadas de suas atividades e a colaboração de todos nesse momento.
O avanço do coronavírus COVID-19 é inevitável e será maior nos próximos meses, porém tudo pode ser controlado e desacelerado caso coloquemos a proteção à coletividade em primeiro lugar.
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