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Conheça o conceito, sua importância no mundo corporativo e como desenvolver essa habilidade
Em tempos de Transformação Digital, a inovação se manifesta como uma habilidade essencial tanto na vida profissional quanto pessoal. Assim como cresce o interesse pelo tema, torna-se mais frequente aquele bloqueio que surge na mente das pessoas ao ouvirem sobre o assunto: como vou criar algo diferente de tudo que existe se não sou criativo?
Inovar é um grande desafio até mesmo para os gênios que estão acostumados a quebrar paradigmas, mas esse não é um dom restrito a alguns sortudos. Entenda a relação entre criatividade e inovação e como você pode desenvolver essas qualidades.
Saiba porque na Era da Transformação Digital, o pulo do gato não é a tecnologia.
Antes da inovação vem a criatividade...
Uma atitude criativa tem a ver com a capacidade de encontrar novos insights e perspectivas para o que está ao nosso redor, reinventando a forma com que conhecemos o mundo tradicional.
A criatividade é um passo anterior à inovação porque é quando nasce a hipótese. No entanto, enquanto a ideia não passa do campo da imaginação ou da teoria, ela não representa valor concreto.
Quando trazemos a ideia para a realidade e a executamos, agregando valor e fazendo a diferença na vida das pessoas, enfim alcançamos a inovação. Ou seja, inovar é ação, significa tirar as ideias do papel.
Descubra como tirar as ideias do papel e a alavancar a sua carreira em 2019.
Como já dizia Steve Jobs, uma das maiores referências em inovação da tecnologia:
“Inovação não tem nada a ver com quantos dólares você gasta com pesquisa e desenvolvimento. Quando a Apple surgiu com o Mac, a IBM gastava pelo menos 100 vezes mais em P&D. Inovação não é sobre dinheiro. É sobre as pessoas que você tem, sobre como você lidera e quanto extrai disso.”
Há vários fatores que podem influenciar o nosso espírito transformador, mas o principal aspecto de mudança está dentro de cada pessoa. No livro “O DNA do Inovador”, os autores Jeff Dyer, Hal Gregersen e Clayton M. Christensen apresentam cinco características de um indivíduo inovador:
1. Capacidade de associação – Pessoas criativas e inovadoras não se limitam as suas áreas de conhecimento. Com o objetivo de enriquecer o repertório, elas são curiosas e demonstram interesse por assuntos distantes de seu campo de atuação.
2. Questionamento – Inconformados, uma das palavras mais usadas por essas pessoas é “por que”. Fazem perguntas sobre tudo para satisfazer a curiosidade sobre como as coisas funcionam e como podem ser melhoradas.
3. Observação – Atentas ao que acontece ao seu redor, são pessoas observadoras e detalhistas. A partir de seu olhar vigilante, elas acumulam bagagem capaz de gerar insights e novas ideias.
4. Networking – Ampliar sua rede de contatos vai além de apenas fazer novos amigos: tem o objetivo de encontrar pessoas com quem você possa trocas ideias e validar suas hipóteses. Por isso, é importante se relacionar com indivíduos que possuem pensamentos e experiências diferentes.
5. Experimentação – Testar, testar e testar. São pessoas abertas a experimentar novas hipóteses, sem medo de descobrir oportunidades melhores. Acreditam que a experimentação faz parte do processo de inovação.
“Inovação é uma mudança no processo pelo qual uma organização transforma trabalho, capital, matéria-prima ou informação em produtos e serviços de valor maior.” – Clayton Christensen
Segundo Christensen, professor de Harvard e autor do livro “O Dilema da Inovação”, há três tipos de inovação que as empresas devem estar atentas:
Inovação que cria um mercado – Novos produtos ou serviços que atendem a um segmento antes ignorado pelo mercado. Até o lançamento desta inovação, o público não percebia a necessidade, que passa a ser encarada como uma demanda.
Inovação de sustentação – Aperfeiçoamento de produtos ou serviços existentes para corresponder às exigências do consumidor. Sem mudar as características básicas do produto, a ideia é surpreender com a evolução da tecnologia e apresentar novas funcionalidades para agregar valor ao púbico.
Inovação de eficiência – São mudanças internas que afetam o processo produtivo e no qual o consumidor final percebe apenas a redução de custo. Um bom exemplo disso é o uso de tecnologias de automação que otimizam a produção e reduzem os custos da cadeia produtiva, aumentando a produtividade e os resultados da indústria.
Para alcançar esses níveis de inovação, a empresa precisa ter bem estabelecido outros três aspectos: pessoas, processos e filosofia. A inovação é uma decisão que nasce no coração dos líderes da companhia e se espalha por todos os setores. O mindset transformador deve ser incorporado e estimulado na equipe para, em seguida, estruturar os processos internos de forma que facilitem o processo criativo. Por fim, a inovação deve estar no DNA da corporação.
“Todas as criaturas nascem artistas. A dificuldade é continuar artista enquanto se cresce.” – Pablo Picasso
Como mencionamos no início do post, criatividade não é uma habilidade específica de algumas pessoas e sim uma competência que pode – e deve! – ser adquirida e aperfeiçoada, pois faz parte do processo de inovação. Ela precisa fazer parte da sua rotina como um hábito para estimular o seu lado criativo.
Confira algumas dicas para despertar o mestre criativo e inovador adormecido que existe dentro de você:
1. Saia da zona de conforto – Não tenha medo de arriscar e vivenciar novas experiências, uma vez que essa pode ser uma ótima oportunidade para conhecer pessoas diferentes e enriquecer seus conhecimentos. Sair da zona de conforto requer pequenas atitudes que fogem da sua rotina, como: ler livros que não fazem parte do seu estilo preferido, visitar lugares que normalmente não visitaria ou conversar com pessoas desconhecidas. Todas essas interações contribuem para produzir novos insights.
2. Registre até mesmo a ideia mais louca – Tenha sempre à mão um papel e uma caneta ou, caso você prefira acessórios mais tecnológicos, anote no bloco de notas do smartphone. Além disso, não esqueça de tirar fotos de coisas interessantes que encontra pelo caminho e de usar o print screen para coletar referências da internet. O importante é registrar qualquer ideia que surgir.
É comum confiarmos em nossa memória, mas ela é traiçoeira e quando precisamos nos deparamos com o famigerado “branco”. Por isso, recomendamos que você escreva um novo pensamento antes que não consiga se lembrar dele novamente.
3. Compartilhe suas ideias – Um dos maiores obstáculos para a inovação está em nós mesmos, quando sabotamos nossas próprias ideias com medo da reprovação ou do ridículo. Não tenha medo de expor seus projetos. Conversar com outras pessoas sobre seus planos pode ajudá-lo a validar e melhorar suas hipóteses.
4. Aprendizado constante – “As boas ideias não surgem de um ‘surto de inspiração’, as boas ideias surgem da colisão de palpites menores.”
Essa frase é do escritor Steven Johnson e representa um dos motivos pelo qual devemos ser eternos aprendizes. Quando adquirimos conhecimento de variados temas, reunimos um rico repertório que ficará armazenado em nosso inconsciente, passando por um processo de incubação. No momento certo, quando precisarmos de ideias para solucionar algum problema, surgirá um insight que é a mistura de todos os conhecimentos que acumulamos.
5. Procure problemas – Pense em como você resolveria problemas aleatórios, ao se deparar com uma dificuldade do cotidiano – que não seja de sua responsabilidade – e elabore alternativas incomuns para solucionar a questão.
6. Conte histórias para uma criança – As crianças são nossa maior fonte de inspiração quando se trata de criatividade e elas amam uma boa história. Ao invés de ler um livro infantil para os pequeninos, peça para eles escolherem um personagem e comece a criar uma história. Deixe o jovem ouvinte participar da brincadeira com ideias para o enredo. Acredite: improvisar histórias com a missão de captar a atenção dos maiores criativos que existem é um excelente exercício de criatividade.
Agora que esclarecemos que todas as pessoas podem ser criativas, basta o incentivo certo, precisamos desmistificar uma última crença: criatividade e inovação não se resumem a criar coisas completamente novas, distantes de tudo o que existe.
Quando o celular foi criado o sistema de comunicação já havia sido inventado, o que não diminuiu a grandeza da ideia de conversar por meio de telefones móveis. Portanto, inovar pode estar apenas no fato de melhorar algo comum do nosso cotidiano ou simplificar determinado processo.
Desenvolver essa habilidade pode ser o detalhe que faltava para você se destacar no mercado de trabalho ou para realizar aqueles projetos pessoais que estão engavetados. O perfil inovador é um dos mais requisitados pelas companhias, coloque em prática essas dicas e transforme seus sonhos em realidade.